Das delicadezas do amor

Um acúmulo bonito de coisas que não consigo nem mostrar.

3 de maio de 2010

(...)

JOÃO:
Olho Teresa. Vejo-a sentada aqui a meu lado, a poucos centímetros de mim.
A poucos centímetros, muitos quilômetros. Por que essa impressão de que precisaria de quilômetros para medir a distância, o afastamento em que a vejo neste momento?

RAIMUNDO:
Maria era a praia que eu freqüentava certas manhãs. Meus gestos indispensáveis que se cumpriam a um ar tão absolutamente livre que ele mesmo determina seus limites, meus gestos simplificados diante de extensões de que uma luz geral aboliu todos os segredos.



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