Das delicadezas do amor

Um acúmulo bonito de coisas que não consigo nem mostrar.

2 de julho de 2010

Quando entrei naquele carro, já estava amando. Amando mesmo, com amor de verdade, não apenas paixão; sentia,sim,amor de verdade, e isso era perfeito,merda,perfeito. Era eu querendo ela, e imediatamente, e intensamente; e para ficar com ela, trepando ou não. Para sair com ela pelos lugares mais públicos, dizendo para todo mundo; vocês estão vendo essa mulher? Heim? Estão vendo? Ela pode enlouquecer engordar, emburrar. Pode me desprezar, cuspir em mim e chamar meus livros de porcaria. Ela pode a puta que o pario, que eu vou continuar sentindo a mesma coisa por ela: amor. Para todo sempre, estaria louco por ela e morreria por ela, mesmo sabendo que dizer “todo o sempre” e errado e dizer “por ela” é feio. Por ela, escreveria mil livros inteiramente errados e feios. Só por ela. Porque ela sempre seria inteira linda, e nem isso importava. Ela já possuía meu infinito amor, quando me sentei ao seu lado. Pois percebi que ela era minha. Minha. Louca ou não.burra ou não,linda ou não,magra ou não.grávida de outro ou não. Eu a amava, como ainda a amo, e fodam-se todas as estatísticas que provam que isso não existe. Que amor não nasce desse jeito, que não dura. E se um amor só pode ser especial assim se for triste, que eu morra. (...) depois ela poderia dar para todo batalhão de amantes de Platão, os belos amantes de Platão, os amantes gays de Platão, que eu diria: ainda a amo. Já naquela primeira vez, se ela quisesse ouvir, eu diria como mais tarde disse: quero só você, somente você, nada mais que você. Que, de tão moderna, tão despudoradamente á nossa frente, insistiu em fazer-se de puta, estando mais para nossa senhora.

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