Parei um pouco de escrever, reli as páginas anteriores até a frase acima. Ás vezes, relendo coisas que eu mesmo escrevo, tenho a impressão de que nasceram de um outro (…) muito velho, desiludido, amargo. Levanto, vou até o espelho, investigo meu rosto. Ele não tem rugas, nem sulcos, nem mesmo a sombra de uma tristeza ou dor muito fundas. É um rosto de animal jovem, um rosto de dezenove anos, que ainda não viu nada, não sentiu nada e, principalmente, que não sabe nada.
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[Caio F.]
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