Das delicadezas do amor

Um acúmulo bonito de coisas que não consigo nem mostrar.

21 de fevereiro de 2011

pode me xingar até o osso, pois o leite já derramou. tenho eu plena consciência dos fatos, não foi culpa minha, tentei, tentamos e é isso que importa. pelo menos é nessa incerteza que me agarro. não direi todos os dias, estou procurando ser sincera. não é todos os dias que penso em você. mas penso e não só digo que penso, acredite. aos poucos estou enterrando minhas fatigas à sete palmos, é muito difícil para mim aguentar esse imundo cotidiano.quem sabe se a minha tristeza é apenas a impaciência de uma espera? me enlouquece, sei o quanto doída sou. sente? é o coração que bate, bate, mas não abre nunca. queria te mostrar tanta coisa e ao mesmo tempo queria apenas sumir. preciso de solidão e silêncio para funcionar no meu tempo, e se digo em voz calma que a festa acabou é porque eu preciso de um bom colchão para repousar minha coluna. já não sinto mais nada, balbuceio outro idioma e faço perguntas internas: existe coisa mais autodestrutiva? sei lá, entristeci.

(Sara Castillo)

Nenhum comentário:

Postar um comentário