Das delicadezas do amor

Um acúmulo bonito de coisas que não consigo nem mostrar.

20 de junho de 2011

Vi o amor morrer e nascer um milhão de vezes. Lembro de passar dias chegando do trabalho esperando que tivesse uma ligação sua no telefone de casa, uma mensagem na secretária ou sei lá. Lembro de olhar meu celular umas quinhentas vezes durante o dia, e mais mil vezes durante a noite. Lembro de noites mal dormidas, ou dormidas com ajuda de calmantes. Lembro de não conseguir chorar e então todas as emoções que precisavam vir pra fora ficavam guardadas aqui dentro. Lembro dos fins de semana que eram sempre cheios, quando não eram cheios de tédio eram cheios de bebidas, e festas, e pessoas sem a mínima idéia do que eu estava sentindo por dentro. Eu vi a minha esperança por você crescer tão forte e alta que as vezes eu achava que me perderia nela. Eu olhava o meu amor por você morrer e nascer totalmente forte, e puro, e limpo por um milhão de vezes, era tanto amor e você pouco aproveitava isso. Pelo contrario, você apenas não se importava. Eu passei meses chorando e chapando por o tal menino do baixo não gostava mais de mim. Lembro que todas as vezes que eu passava por um caminhão eu torcia pra ele me atropelar, pra ver se quebrando uma perna eu tirava a sensação de perna manca que eu sentia desde que você foi embora. Lembro de sair sem rumo, porque o único rumo que eu precisava e queria ir era pra sua casa. Eu só queria chegar na sua casa, e abraçar você, não queria mais nada, só abraçar você e fazer cafuné em teu cabelo, eu só queria esquentar a minha perna na sua perna, eu só queria ouvir você (eu podia ficar bem quietinha), eu só queria te mostrar como eu descobri uma banda super legal que eu tinha certeza que você iria me dizer: “Isso é estranho, só você pra gostar de musica assim, eu gosto de musica com batidas rápidas”. Como eu queria, eu desejava tanto isso que as vezes eu não conseguia respirar. Lembro de tentar respirar todo o ar do mundo, lembro de tentar ouvir todas as coisas do mundo, experimentar todos os cheiros, todas as comidas possíveis do mundo. Eu me apegava a um mundo inteiro.  E foi tentando me apegar a esse mundo sem você que eu descobri um mundo totalmente novo, e maior, e completo(...)

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