Das delicadezas do amor

Um acúmulo bonito de coisas que não consigo nem mostrar.

24 de agosto de 2011


" - Tu não avisou que não vinha - ela resmungou no seu velho jeito azedo, que antigamente não compreendia.
mas agora, tantos anos depois, aprendera a traduzir como que-saudade, seja-bem-vindo, que-bom-ver-você ou qualquer coisa assim. mais carinhosa, embora inábil.
abraçou-a, desajeitado. não era um hábito, contatos, afagos.
afundou tonto, rápido, naquele cheiro conhecido - cigarro, cachorro, sabonete e creme de beleza, sozinha há anos.
segurando-o, como de costume, ela o beijou na testa. depois foi puxando pela mão, pra dentro."

Nenhum comentário:

Postar um comentário