Das delicadezas do amor

Um acúmulo bonito de coisas que não consigo nem mostrar.

19 de agosto de 2011


Vai-te. Toda paixão na nossa idade
E creio até que em idade mais madura
Por mais que dure não será tão dura
Que resista do tempo a tempestade

Recuperemos, pois, a liberdade!
Bendito o mal, e mais bendita a cura
Adeus, forma gentil de uma alma pura
Sonho que se desfez em realidade

Queres arcar com as leis do fatalismo
Toca decerto as raias do heroismo,
A persistência com que tudo arrostas

Eu, no entanto, confesso-me vencido:
-não posso assim viver, de horror transido
Com um cadaver de amor pregado às costas



Juvenal Antunes

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