Das delicadezas do amor

Um acúmulo bonito de coisas que não consigo nem mostrar.
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21 de agosto de 2011

Eu disse que depois me sentia sozinha. Eu disse que sempre me sentia sozinha. Ele disse que então tanto fazia.

20 de junho de 2011

Mas a verdade é que eu odeio equilíbrio. Porra, se eu tô puta, eu tô puta!
Vi o amor morrer e nascer um milhão de vezes. Lembro de passar dias chegando do trabalho esperando que tivesse uma ligação sua no telefone de casa, uma mensagem na secretária ou sei lá. Lembro de olhar meu celular umas quinhentas vezes durante o dia, e mais mil vezes durante a noite. Lembro de noites mal dormidas, ou dormidas com ajuda de calmantes. Lembro de não conseguir chorar e então todas as emoções que precisavam vir pra fora ficavam guardadas aqui dentro. Lembro dos fins de semana que eram sempre cheios, quando não eram cheios de tédio eram cheios de bebidas, e festas, e pessoas sem a mínima idéia do que eu estava sentindo por dentro. Eu vi a minha esperança por você crescer tão forte e alta que as vezes eu achava que me perderia nela. Eu olhava o meu amor por você morrer e nascer totalmente forte, e puro, e limpo por um milhão de vezes, era tanto amor e você pouco aproveitava isso. Pelo contrario, você apenas não se importava. Eu passei meses chorando e chapando por o tal menino do baixo não gostava mais de mim. Lembro que todas as vezes que eu passava por um caminhão eu torcia pra ele me atropelar, pra ver se quebrando uma perna eu tirava a sensação de perna manca que eu sentia desde que você foi embora. Lembro de sair sem rumo, porque o único rumo que eu precisava e queria ir era pra sua casa. Eu só queria chegar na sua casa, e abraçar você, não queria mais nada, só abraçar você e fazer cafuné em teu cabelo, eu só queria esquentar a minha perna na sua perna, eu só queria ouvir você (eu podia ficar bem quietinha), eu só queria te mostrar como eu descobri uma banda super legal que eu tinha certeza que você iria me dizer: “Isso é estranho, só você pra gostar de musica assim, eu gosto de musica com batidas rápidas”. Como eu queria, eu desejava tanto isso que as vezes eu não conseguia respirar. Lembro de tentar respirar todo o ar do mundo, lembro de tentar ouvir todas as coisas do mundo, experimentar todos os cheiros, todas as comidas possíveis do mundo. Eu me apegava a um mundo inteiro.  E foi tentando me apegar a esse mundo sem você que eu descobri um mundo totalmente novo, e maior, e completo(...)

16 de junho de 2011



Mas seus olhos não mentem o cansaço da espera e a tristeza de estar solta, e você fica feia. É ter a sensação de que ninguém te olha, pelo menos não como você gostaria de ser olhada. Estar sozinha é estar solta e, no entanto, é estar amarrada ao chão porque nada te faz flutuar, sonhar, divagar. Estar sozinho, ou estar sozinha, pode acontecer com qualquer um. E você torce para que aconteça com a sua melhor amiga, ou com aquele homem que você gostaria de experimentar como uma pílula para a sua solidão. Estar sozinha é não suportar ouvir a palavra solidão porque ela faz sentido. E o sentido dela dói demais. Estar sozinho é ter uma risada nervosa, de quem segura um grito e um choro enquanto ri. Um riso falso para se convencer de que é possível ficar sozinho sem ficar deprimido […] É conferir a caixa de e-mails com uma freqüência que beira a compulsão. É chorar do nada. É acordar do nada.

6 de junho de 2011



Eu quero parar com tudo isso, ele é um menino que não pode acompanhar minha louca linha de raciocínio meio poeta, meio neurótica, meio madura. Eu quero colocar um fim neste tormento de desejar tanto quem ainda tem tanto para desejar por aí.

19 de abril de 2011

Só ele conheceu uma mulher corajosa que admitiu todos os medos, todas as neuroses, todas as inseguranças, toda a parte feia e real que todo mundo quer esconder com chapinhas, peitos falsos, bundas falsas, bebidas, poses, frases de efeito, saltos altos, maquiagem e risadas altas. Ninguém nunca me viu tão nua e transparente como você, ninguém nunca soube do meu medo de nadar em lugares muito profundos, de amar demais, de se perder um pouco de tanto amar, de não ser boa o suficiente. Só ele viu meu corpo de verdade, minha alma de verdade, meu prazer de verdade, meu choro baixinho embaixo da coberta com medo de não ser bonita e inteligente. Só para ele eu me desmontei inteira porque confiei que ele me amaria mesmo eu sendo desfigurada, intensa e verdadeira, como um quadro do Picasso.

10 de abril de 2011


E eu, no fundo, te perdoava, te entendia, te amava cada vez mais. Você me mandou embora da sua casa, do seu carro, da sua vida, da memória do seu computador, do seu celular e do seu coração. Você me deletou. E eu fiquei quietinha, te esperando, rezando pra você ver que amor maior não tem. 

6 de abril de 2011

Eu quero colocar um fim neste tormento de desejar tanto quem ainda tem tanto para desejar por aí.

Eu sei que sou pesada, triste, dramática, neurótica, louca, insatisfeita, mimada, carente. Mas você se esqueceu da minha maior qualidade: eu sou só. Eu era só aos cinco anos quando eu não entendia porra nenhuma do que estava acontecendo e corria para rezar no banho (…) Eu era só pesando doze quilos a menos, quando o mundo inteiro queria que eu comesse pra não morrer, e eu querendo viver tanto que tinha medo de não conseguir, como tudo que sempre quero muito, e acabo fodendo logo pra não ter que viver com a ansiedade do desejo maior do que eu (…) Eu sempre fui só querendo ter uma família grande, café da manhã, Natal, cachorro, e eu continuo só quando te vejo como minha família, mas você me deixa sozinha com duas ou três opções de suco para uma ou duas opções de pão. O mundo é cheio de opções sem você, mas todas elas me cheiram azedas e murchas demais.

3 de abril de 2011



E ficamos nesse vai e não volta, nessa indecisão de uma certeza, na negação de uma vontade. Eu te amo e você me ama, mas o nosso amor não é o suficiente para nos unir. Precisamos de algo que ainda não temos, e talvez nunca venhamos a ter. Preciso ser minha antes de ser sua, e você precisa ser seu antes de ser meu. Mas você é da menina que conheceu e sentiu atração, e eu sou do cara que conheci em uma balada qualquer da vida. Somos tão diferentes, mas tão completos quando estamos um ao lado do outro. Poderíamos ser tão felizes, poderíamos ser tão amor… Mas simplesmente hoje somos apenas dor.


E eu assumi meu peso, eu assumi meu medos, eu assumi toda a merda. E assim, voei ainda mais alto, como se flutuasse. Eu peguei pra mim tudo o que soltava por aí e, surpreendentemente, fiquei mais leve. Se dava pra ir de pesadelo pra sonho deitada, imagina o que eu não poderia fazer da minha vida a hora que ficasse em pé.

30 de março de 2011

E aí eu desencano desse amor, de tanto que eu encano.

27 de março de 2011



Quero ser criança, mulher, homem, et, megera, maluca e, ainda assim, olhada com total reconhecimento de território. Quero sexo na escada e alguns hematomas e depois descanso numa cama nossa e pura. Quero foto brega na sala, com duas crianças enfeitando nossa moldura. Quero o sobrenome dele, o suor dele, a alma dele, o dinheiro dele (brincadeira…). Que ele me ame como a minha mãe, que seja mais forte que o meu pai, que seja a família que escolhi pra sempre. Quero que ele passe a mão na minha cabeça quando eu for sincera em minhas desculpas e que ele me ignore quando eu tentar enrolá-lo em minhas maldades. Quero que ele me torne uma pessoa melhor, que faça sexo como ninguém, que invente novas posições, que me faça comer peixe apimentado sem medo, respeite meus enjôos de sensibilidade, minhas esquisitices depressivas e morra de rir com meu senso de humor arrogante. Que seja lindo de uma beleza que me encha de tesão e que tenha um beijo que não desgaste com a rotina.
Porque era bom e tal. Aliás, meu Deus, como era bom. Mas não era bom pra ficar junto, certo? Então pronto. Chega.

17 de março de 2011

Desisti. 
E isso é a coisa mais triste que tenho a dizer. A coisa mais triste que já me aconteceu. Eu simplesmente desisti. Não brigo mais com a vida, não quero entender nada.


"Chega. Não quero mais ser feliz. Nem triste. Nem nada. Eu quis muito mandar na vida. Agora, nem chego a ser mandada por ela. Eu simplesmente me recuso a repassar a história, seja ela qual for, pela milésima vez. Deixa a vida ser como é. Desde que eu continue dormindo. Ser invisível, meu grande pavor, ganhou finalmente uma grande desimportância. Quase um alivio. I don’t care.

"Mas chega, se não houve troca, chega, porque amar sozinho é solitário demais, abandono demais, e você está nessa vida para evoluir, mas não para sofrer.

3 de março de 2011

Hoje tem risada alta, tem festinha, tem maquiagem e música. O senhor promete que não me julga, Zé? São tantos nomes, não é? Mas é só fazer que nem eu: chama todo mundo de “o outro”. Todos são outros. Porque o de verdade, Zé, o de verdade não existe. A gente chora, escreve lá umas poesias profundas, chora, mas um dia a gente acorda e descobre que esse aí não existe não. Eu queria te dizer que eu sinto muito, Zé. Mas eu não posso te dizer isso porque a verdade é que eu não sinto mais nada. Nadinha, Zé.

6 de outubro de 2010

Saudadezinha. (Por Tati)


Ainda que eu esteja numa fase bacana e sem nós no peito (o que por um lado é ruim pois a paz sempre me dá alguns quilinhos a mais e alguns textos a menos), resolvi embarcar num momento nostalgia. (…)Me faz bem lembrar que você nunca, nunca, nunca se alterava. Trouxesse o garçom o pedido errado pela terceira vez ou fizesse um playboy qualquer uma tremenda barbeiragem em cima do seu carro. Você nunca estragava nossas noites. Eram tão raros os nossos momentos, você dizia, que eram para ser sempre bons. E de fato sempre eram. Eu tenho saudade de mil coisas e todas essas mil coisas sempre caem na mesma única coisa de que eu tenho tanta saudade: sua leveza. Você me dizia que jamais iria me cobrar leveza, pois me amava intensa. E me pedia que fizesse exatamente o mesmo, ainda que ao contrário, por você. E eu não obedecia nunca, afinal, pessoas intensas não obedecem. E assim nós seguimos, por alguns bons anos entrecortados, sendo tão parecidos ainda que tão atraídos mutuamente pelos nossos opostos. A gente era parecido principalmente porque topava as coisas mais malucas como, por exemplo, brincar que tinha acabado de se conhecer numa festa, ainda que tivesse ido junto para a festa. E por horas ficávamos nessa bobeira e nenhum dos dois ria. Até que alguém pedia, cansado, “já pode voltar ao normal..?”Eu tenho saudades de tudo. Da gente acordar sua vizinha de tanto rir de coisas bestas, do seu carro sempre bagunçado, da paciência que você tinha (…), da mania que você tinha de arrumar minhas roupas em cima da cama enquanto eu tomava banho e de quando você apertava os ossinhos das minhas costas no escuro e falava, baixinho: “ai, como essa menina gosta de fazer drama!”. Não é um sentimento egoísta e muito menos possessivo. É apenas uma saudadezinha. Gostosa, tranqüila, bonita, saudável, de longe. E, quem diria: leve.

5 de outubro de 2010


O mundo pode continuar feio que eu vou continuar sentindo coisas bonitas.